Em uma operação organizada pelas forças de segurança pública do Amapá, um jovem músico e DJ de festas eletrônicas foi preso em Macapá com centenas de drogas sintéticas, avaliadas em mais de R$ 100 mil. A prisão ocorreu na noite de sábado (18), após uma investigação conduzida pela Coordenadoria de Inteligência e Operações Policiais (Ciop), da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). As informações coletadas foram repassadas a uma equipe do Grupo Tático Aéreo (GTA), que se dirigiu até a Avenida Liberato, no Bairro Marabaixo 4, zona oeste de Macapá.
Ao chegarem ao local, os policiais avistaram um suspeito com uma sacola nas mãos, em frente a uma residência. Ao notar a presença da viatura, ele tentou fugir e se desfazer de pequenos objetos que carregava. O indivíduo entrou na casa e jogou a sacola no quintal, mas foi rapidamente alcançado pelos policiais. Dentro da sacola, os policiais encontraram uma grande quantidade de entorpecentes: 901 comprimidos de ecstasy, avaliados em R$ 45 mil, e 3.250 porções de LSD, com valor estimado em R$ 65 mil. Além disso, foram apreendidas balanças de precisão e sacolas para embalar as drogas.
O suspeito, identificado como Brendo Araújo de Araújo, afirmou que a droga foi trazida de Belém (PA) para Macapá (AP) e que seria vendida em uma festa rave programada para este domingo (19), na zona norte da capital amapaense. Brendo e os entorpecentes apreendidos foram levados para o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) do Pacoval.
Era improvável que mesmo a família de Brendo desconfiasse que ele pudesse estar envolvido com o tráfico de drogas. Ele levava uma rotina que o colocava como um jovem trabalhador acima de qualquer suspeita: de segunda a sexta, trabalhava no departamento administrativo de uma empresa privada, em horário comercial. Nos momentos livres, dedicava-se à música, demonstrando talento para instrumentos de corda e vocal. Tocava e cantava em bares e restaurantes nas noites de Macapá, além de se juntar a outros jovens músicos para animar festas particulares.
As habilidades musicais de Brendo o levaram a se envolver com a cultura da música eletrônica, passando a comandar festas raves na capital amapaense como DJ. Esses eventos enfrentam preconceito por serem realizados em locais secretos e distantes do perímetro urbano, onde frequentemente há venda e consumo de drogas sintéticas pelos frequentadores.
Como muitos jovens músicos, Brendo sonhava em viver de seu talento e ganhar fama pela sua arte. No entanto, a falta de recursos financeiros para investir na carreira, aliada a más companhias, pode ter levado o jovem músico a entrar no mundo do tráfico de drogas. Infelizmente, a fama chegou de outra maneira para Brendo, com a eficaz ação da polícia.
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