Na quarta-feira (29), a Polícia Civil prendeu dois homens e uma jovem suspeitos de envolvimento na morte de Cristiane Amanajás, de 38 anos, cujo corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição às margens de um ramal no Bairro Coração, em Macapá. A operação foi coordenada pelo delegado Mauro Ramos, da Delegacia de Homicídios.
As medidas judiciais de busca e apreensão, bem como três mandados de prisão preventiva, foram cumpridos nos Bairros Central e Cidade Nova, na capital amapaense. A ação contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core) e do canil da Polícia Civil do Amapá (PC AP).
Segundo o delegado Ramos, os acusados já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas, receptação, roubo e furto. Agora, eles responderão por homicídio qualificado, ocultação de cadáver e organização criminosa.
A relação entre a vítima e os suspeitos ainda está sob investigação, mas a polícia acredita que todos se conheciam e que o crime foi motivado por uma briga entre a vítima e a mulher presa preventivamente.
"Seguimos com as diligências investigativas e identificamos os três envolvidos: o mentor intelectual, o autor do enforcamento e o partícipe que ajudou na ocultação do corpo", explicou o delegado.
O corpo de Cristiane Amanajás foi encontrado amarrado a um colchão no dia 18 de fevereiro. De acordo com o laudo da Polícia Científica, ela foi assassinada em outro local por asfixia mecânica (enforcamento) com uma corda e depois jogada no matagal, a cerca de um metro da via.
Os três suspeitos foram encaminhados para audiência de custódia, mas seus nomes não foram divulgados pela Polícia Civil.
A morte de Cristiane Amanajás Oliveira, encontrada sem vida em um ramal no Bairro Coração, na zona oeste de Macapá, no domingo (18), mobilizou três equipes de investigação da Polícia Civil em uma busca intensa por possíveis envolvidos no caso.
O crime tem gerado grande repercussão no Amapá devido à sua natureza violenta. Cristiane, vista pela última vez na manhã de sexta-feira (16), foi encontrada amarrada e envolta em lençóis, com uma corda no pescoço. Até o momento, três pessoas estão sob suspeita, e os investigadores exploram duas linhas de análise para determinar se o homicídio também se enquadra como feminicídio.
A Polícia descartou indícios de violência sexual ou ferimentos de perfuração no corpo de Cristiane. O delegado Mauro Ramos ressaltou que o período de decomposição acelerado, influenciado pelas condições ambientais, foi um fator relevante na investigação.
Cristiane não residia com seus familiares, mas os visitava com frequência, o que atrasou a percepção do desaparecimento pela família. Vivendo em relacionamentos curtos desconhecidos pelos parentes, a vida passada da mulher não foi detalhadamente abordada pelos policiais.
O perito Marcos Ferreira, diretor da Polícia Científica do Amapá, indicou a possibilidade de Cristiane ter sido morta em outro local e levada para o matagal posteriormente. O laudo necroscópico apontou asfixia mecânica como a causa da morte.
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