A Polícia Civil do Amapá, por meio da Divisão de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE), prendeu uma das principais lideranças femininas do maior grupo criminoso atuante no Estado. A prisão ocorreu na EXPOFEIRA, na sexta-feira, durante uma operação planejada com base em um extenso trabalho de inteligência.
Investigada na primeira fase da Operação Vênus, a acusada, cujo nome não foi divulgado, estava foragida desde fevereiro deste ano.
Segundo o delegado Ismael Nascimento, titular da DRACO, a mulher era responsável por coordenar a arrecadação das contribuições mensais, conhecidas como 'caixinha', exigidas de todas as integrantes do grupo criminoso em todo o estado. Essas contribuições financiavam atividades ilícitas, como homicídios, tráfico de drogas e aquisição de armas.
O mandado de prisão preventiva foi cumprido com base em um inquérito conduzido pela DRACO, que investiga a atuação de lideranças de grupos criminosos no Amapá. A presa atuava como ponto focal de comunicação entre as principais lideranças de bairros e a cúpula da facção, gerindo as finanças tanto dentro quanto fora dos presídios, o que a tornava uma figura influente no grupo.
Durante a abordagem, conforme revelou o delegado Abrão Trani, coordenador da CORE, a investigada tentou destruir o celular que portava, numa tentativa de inviabilizar o acesso a dados cruciais para a investigação, mas a ação rápida dos policiais evitou a destruição.
Desde o início, a Operação Vênus já resultou na captura de mais de 25 pessoas, no cumprimento de 52 mandados de busca e apreensão e no bloqueio judicial de 145 contas bancárias usadas para movimentação financeira do grupo criminoso. A prisão dessa liderança enfraquece a estrutura financeira da facção e impacta diretamente sua capacidade de realizar atividades criminosas, como execuções, tráfico de drogas e compra de armamento pesado.
Mín. 25° Máx. 32°