Circula nas redes sociais, nesta quinta-feira (28), um vídeo que registra a reação de crianças e adolescentes da Escola Estadual Barão do Rio Branco durante a exibição de um filme com cenas de sexo. O episódio ocorreu no âmbito da 14ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos, realizada pelo Ministério dos Direitos Humanos e pelo Governo Federal. No vídeo, é possível observar a cena inapropriada sendo exibida por mais de um minuto, tempo correspondente à gravação, seguido de gritos e reações dos presentes. O incidente gerou revolta entre pais e responsáveis.
A produção do evento informou que cerca de 100 espectadores estavam presentes, todos dentro da faixa etária permitida para o filme, conforme divulgado anteriormente. Foi ressaltado que a exibição não era recomendada para menores de 14 anos. No entanto, em nota, a produção nacional lamentou o ocorrido e reconheceu uma falha na classificação etária do filme Cidade; Campo.
O governador em exercício do Amapá, Teles Júnior, se manifestou em suas redes sociais, classificando o episódio como “inadmissível” e “irresponsável”. Ele determinou a suspensão imediata de qualquer atividade relacionada à mostra na escola e solicitou uma investigação rigorosa para responsabilizar os envolvidos.
“Pedimos desculpas pela classificação indicativa apresentada para o filme Cidade; Campo, exibido no dia 19/11/2024, que não estava em conformidade com seu conteúdo. Eximimos a Escola Estadual Barão do Rio Branco e o produtor local, professor Aldrin de Santana, de qualquer responsabilidade. A classificação do filme é definida pela produtora e seguimos a orientação estabelecida. Ajustaremos a classificação para evitar situações similares.”
“Como produtor local da 14ª Mostra, expressamos nosso pesar pelo ocorrido, que decorreu de uma falha na classificação etária do filme. Reiteramos nosso compromisso com a responsabilidade e o respeito ao público. Sinceras desculpas aos afetados.”
A direção esclareceu que participou da mostra a convite, com exibições realizadas no prédio anexo à escola. Ressaltou que a organização do evento era de responsabilidade exclusiva da Mostra e que a classificação das turmas seguiu orientações dos coordenadores da produção. A escola lamentou o ocorrido e manifestou indignação, cobrando providências da organização nacional.
O caso segue em apuração pelas autoridades e pela organização do evento.
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