Os diagnósticos de infecções pelo HIV aumentaram entre 2023 e 2024 no Amapá. Dados do Serviço de Assistência Especializada e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), do Governo do Estado, mostram que o número de pessoas contaminadas com o vírus passou de 234 para 279, respectivamente.
Ainda de acordo com o levantamento do SAE, os novos casos apontam que os homens são maioria. Atualmente em todo o estado, 5.150 pessoas convivem com o vírus HIV e estão em tratamento, essencial para garantir qualidade de vida sem agravamentos de doenças.
Todos os pacientes do SAE recebem atendimento humanizado, com exames e consultas com uma equipe multiprofissional, além de medicamentos antirretrovirais. O Governo do Amapá reforça ainda a testagem e os métodos de prevenção que são disponibilizados gratuitamente.
“Estamos atentos e preocupados com esse crescimento de 45 novos pacientes nos dois últimos anos. É necessário que a população se conscientize da importância da prevenção. Precisamos quebrar essa cadeia de transmissão com métodos preventivos que estão disponíveis gratuitamente na assistência especializada, além dos testes rápidos, que são seguros e sigilosos”, alerta Leonardo Nunes, diretor do SAE/CTA.
PEP x PrEP
O SAE do Amapá oferece tanto o tratamento como a prevenção. O paciente passa por consulta com médico especialista, que faz a prescrição do esquema terapêutico adequado para cada caso, seguindo os Protocolos Clínicos e Diretrizes do Ministério da Saúde para o manejo da infecção pelo HIV em adultos, crianças e adolescentes.
No estado, a principal forma de contágio ainda é pela relação sexual desprotegida. Mas o vírus também pode ser adquirido com uso de seringa por mais de uma pessoa; da mãe infectada para o filho durante a gravidez, no parto e na amamentação ou por instrumentos que furam ou cortam não esterilizados. Agora saiba a diferença entre a PEP e a PrEP:
O SAE/CTA realiza a dispensação de medicamentos específicos e conta com uma equipe multiprofissional composta por médicos, infectologistas e ginecologistas que atendem os pacientes e acompanham o processo de tratamento, com serviço de nutrição, assistência social, psicólogo, consultas de enfermagem e farmácia.
O tratamento é o mesmo para homens e mulheres e é feito com três antirretrovirais: tenofovir, lamivudina e o dolutegravir. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) pontua que o abandono da terapia pode agravar o quadro clínico e reforça a importância do teste rápido.
“Os testes rápidos precisam se tornar rotina, as pessoas precisam se testar, temos esse serviço todas as quintas e sextas com uma equipe de multiprofissionais que acolhe essa pessoa, para orientar nos casos soropositivos", reforça o diretor.
Serviço
Além de tratar o vírus da imunodeficiência humana (HIV), o serviço especializado também oferece tratamento adequado para pessoas que convivem com a sífilis e hepatites B e C. Os atendimentos no SAE/CTA ocorrem de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h, na Rua Jovino Dinoá, 1251, bairro Central.
Mín. 23° Máx. 25°