Encerradas as buscas por pescador desaparecido no Rio Flexal, no interior do Amapá

O Corpo de Bombeiros Militar do Amapá anunciou, nesta quarta-feira (23), o encerramento oficial das buscas por João dos Santos Cardoso, de 65 anos, desaparecido desde o dia 12 de abril, quando saiu sozinho para pescar no Rio Flexal, na região conhecida como Boca do Rio Amapá, no município de Amapá, a cerca de 300 quilômetros da capital.

As operações de busca começaram no dia 15 de abril e mobilizaram equipes especializadas, que enfrentaram diversos desafios, como correnteza intensa, visibilidade reduzida e dificuldades de acesso em áreas de mata fechada e manguezais. Apesar dos esforços, nenhuma evidência conclusiva sobre o paradeiro do pescador foi encontrada. A embarcação de João foi localizada ainda nos primeiros dias da operação, ancorada próxima à saída do rio para o oceano, com alguns pertences pessoais em seu interior.

De acordo com avaliação técnica feita pelo comando da operação, novas incursões seriam inviáveis diante das condições da região e da ausência de sinais que indicassem a presença do corpo. A hipótese mais provável é que ele tenha sido levado pela correnteza em direção ao mar aberto.

“O trabalho foi intenso e realizado com toda a dedicação possível. Desde o início, havia esperança de encontrá-lo vivo, talvez desorientado em alguma margem. Infelizmente, diante da falta de indícios e da complexidade da área, deduzimos que ele veio a óbito e não conseguimos localizar o corpo para que a família pudesse realizar um sepultamento digno”, lamentou o capitão Anthony Duarte, responsável pela coordenação da operação.

Com o fim das buscas oficiais, as equipes permanecem no local apenas para recolhimento e organização de equipamentos, antes do retorno a Macapá.

A família, porém, decidiu seguir com as buscas por conta própria. Segundo o irmão do pescador, Sílvio Santos Vilhena, uma embarcação de maior porte está a caminho da região para apoiar os trabalhos. Emocionado, ele agradeceu o empenho das equipes do Corpo de Bombeiros: “Sabemos que fizeram tudo o que podiam. Somos gratos por cada dia de trabalho deles ali”, declarou.