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Amapá decreta emergência em saúde pública devido ao surto de síndromes respiratórias

Hospitais infantis operam com 100% de ocupação; governo adota medidas emergenciais para ampliar atendimento e pede colaboração da população com cuidados preventivos.

22/05/2025 às 09h13
Por: Redação
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Foto: Gabriel Maciel/Sesa
Foto: Gabriel Maciel/Sesa

A alta demanda de pacientes, especialmente o público infantil, com síndromes respiratórias dando entrada nos hospitais da rede pública estadual fez com que o Governo do Amapá declarasse, na terça-feira, 20, situação de emergência em saúde pública. Com isso, medidas emergenciais estão sendo adotadas para ampliar a capacidade de atendimento.

VEJA DECRETO N° 5748 

O Hospital da Criança e do Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) são os mais afetados, com taxa de ocupação de 100% dos leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na última semana, foi registrado um aumento de 25% nas internações se comparada ao período anterior. De abril até terça-feira, 20 de maio, o PAI registrou 1.215 crianças com síndrome gripal, e 257 pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Entre as medidas para garantir assistência aos pacientes está a abertura de leitos, reorganização do fluxo de atendimento e adaptação de mais salas vermelhas de suporte avançado à vida, atuando como uma semi-intensiva, e salas brancas, caracterizada por um controle rigoroso do ambiente, projetada especificamente para minimizar a contaminação.

De acordo com a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS), o Amapá está em nível de alerta ou risco com surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelos Vírus Sincicial Respiratório (VSR), agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de Influenza A e B e Covid-19.

Amapá está em nível de alerta ou risco com surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Amapá está em nível de alerta ou risco com surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Foto: Gabriel Maciel/Sesa

“Inicialmente os casos eram esperados em razão do período sazonal do inverno amazônico, mas os atendimentos estão acima do esperado na nossa rede hospitalar. O governador Clécio Luís está comprometido em tomar todas as medidas necessárias para garantir assistência em saúde, mas é fundamental que as famílias e toda a população contribuam tomando os devidos cuidados preventivos”, ressaltou a secretária de Saúde do Amapá, Nair Mota.

O decreto considera o Alerta Epidemiológico nº 8, de 15 de maio, emitido pela SVS, que aponta para o aumento de casos e o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A alta demanda de pacientes não é restrita à rede pública, também há problemas na rede privada. 

Além do HCA/PAI, o Hospital da Mulher Mãe Luzia registra aumento de casos. De janeiro até 21 de maio, a maternidade contabiliza 51 casos com síndromes respiratórias em bebês com até 28 dias de vida, desses 14 foram atendidos na UTI Neonatal e 4 chegaram a ficar entubados. Na maioria dos casos, os recém-nascidos já tinham recebido alta e contraíram o vírus em casa.

Já no Hospital Estadual de Santana, em menos de dois meses - de abril até 20 de maio - 3.044 pacientes deram entrada apresentando quadro de síndromes respiratórias. Com o aumento dos atendimentos, a unidade intensificou as ações educativas de prevenção, reforçando a responsabilidade de cada indivíduo em manter cuidados básicos de higiene, saúde e vacinação para minimizar o impacto durante o inverno amazônico.

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